segunda-feira, março 13, 2006

Desconhecidos

Achamos que as conhecemos, mas no tropeço do destino vemos que somos rodeados de pessoas estranhas. Sinto como se meus olhos fossem de vidros grossos pois enxergo rostos embaçados. As mãos gosmentas seguram meus braços e as vozes irregulares gritam meu nome pelas ruas tortas.

Os olhos vermelhos tentam esconder a angústia do desapontamento. O coração é atingido por flechas ponteagudas repletas de veneno. Os pés estão cobertos de aranhas. As unhas caem. Os seios murcham. Os gritos de silêncio, ninguém escuta. Os transparentes ematomas, ninguém vê. As secas lágrimas, ninguém sente.

Necessito dos braços da minha família e sentir o afeto dos meus amigos. Quero ver rostos conhecidos e mãos quentes.

2 comentários:

Anónimo disse...

somos rodeados sim, verdade. e é sempre preciso mãos quentes conhecidas. beijo guria =)

Benites disse...

É verdade! Mas não se feche nessa hipotese. Os olhos embaçados na maioria das vezes são os nossos.

Beijo Pri! Saudades :* (mas já?! hahaha)