segunda-feira, setembro 25, 2006

Festejei-nos

A roda do vestido vermelho que gira no seu céu
Incendeia os olhos castanhos que me fitam
E no aguardo da sua chuva de água morna
Cobiço que me clausures em nossas festa

terça-feira, setembro 05, 2006

Vil e Vã

Transformei-me em vulto humanizado; volúvel e adaptável. No labirinto da vida deparei-me com a ultrapassagem dos limites surreais. Na turbulência introspectiva observei mudanças visuais e sensitivas. Fiz súplicas entre loucura e lucidez.
O desconforto claustrofóbico da infinita branquidão perdeu minhas arestas. O desvio de minhas areias, reveladas pelo alvoroçado vento, perdeu meus rastros. As pegadas foram-se embora. As lembranças se eternizam em meu sorriso seco.
Sobrevivente a mim mesma, continuarei a molhar o lenço que me deste. Ora voltarei a página marcada por dobradiças; ora olharei a estrela luzente sempre em mim; ora pedirei perdão. E por mais que me formem brilhantes teorias e crenças eu as transformarei em pensamentos corrosivos, e dessa ferrugem maldita sairão bolhas de sabão com dizeres: "e se..."