Sonhos que semeiam o mundo real
Não consigo distinguir a diferença entre o real e o ilusório. Esse surrealismo constante faz da minha mente confusões, dos meus atos contradições. A sensação é que ainda morrerei de sede em pleno oceano.
Tenho medo das cólicas de alegria, prévias do vazio; das borboletas que insistem em bater asas em meu estômago; do tão difícil minuto seguinte; do riso fingido, escudo de minha fraqueza. Os anjos que me abraçam testam o meu destino e meus pés correm, no escuro, por ruas esburacadas.
Ao mesmo tempo, o barulho feito pelo vento ao soprar por entre árvores faz com que, cada vez mais, eu queira preencher meus pulmões com o olor dessa rosa que me leva para o onde desconhecido. E se é apenas conseqüência dos efeitos químicos, eu peço para que a consciência jamais retorne à lucidez.
O Criador me diz que o poder não corresponde ao querer, e ainda assim, eu quero poder. Desejo, incondicionalmente, segundos do olhar provedor das asas de minha alma sonhadora, que voa pelo acolhedor céu dos seus braços quando mostra-me o eclipse de nossos sorrisos, em uma infinita tela de cinema.
Mas então o dia seguinte chega, o real bate em minha porta, restando-me apenas a espera do próximo sono, tão subestimado pelos que permanecem acordados.
Tenho medo das cólicas de alegria, prévias do vazio; das borboletas que insistem em bater asas em meu estômago; do tão difícil minuto seguinte; do riso fingido, escudo de minha fraqueza. Os anjos que me abraçam testam o meu destino e meus pés correm, no escuro, por ruas esburacadas.
Ao mesmo tempo, o barulho feito pelo vento ao soprar por entre árvores faz com que, cada vez mais, eu queira preencher meus pulmões com o olor dessa rosa que me leva para o onde desconhecido. E se é apenas conseqüência dos efeitos químicos, eu peço para que a consciência jamais retorne à lucidez.
O Criador me diz que o poder não corresponde ao querer, e ainda assim, eu quero poder. Desejo, incondicionalmente, segundos do olhar provedor das asas de minha alma sonhadora, que voa pelo acolhedor céu dos seus braços quando mostra-me o eclipse de nossos sorrisos, em uma infinita tela de cinema.
Mas então o dia seguinte chega, o real bate em minha porta, restando-me apenas a espera do próximo sono, tão subestimado pelos que permanecem acordados.