quarta-feira, abril 05, 2006

Quero sair desse tempo. Do calendário de ontem. Desses segundos que duram horas, desses ponteiros que se movimentam conforme meus soluços, desse tic tac que acompanha meu coração.

Quero sair dessa alma escrava. Da corrida sem fôlego, do vôo sem asas, do sonho sem sono. Alma que se pesa, descolore, empobrece. Alma que sente, sofre, sangra.

Quero sair da noite. Do escuro que incita minha mente. Do sonambulismo sem fim. Das gotas de orvalho que caem sobre o meu corpo. Dos pedidos à Lua e das estrelas me fitando. Do quente da minha cama, do meu travesseiro molhado.

Quero sair do fundo do mar. Das paredes que me cercam. Dos sapatos sujos. Fugir dos olhos, do reflexo no espelho, das idéias leves e as palavras pesadas. Quero fugir de tantos, tudo, textos. Exilar-me do ninho, do sozinho, do caminho. Sair do céu, da terra, de mim.

3 comentários:

Fabricio Teixeira disse...

Saia, fuja, abandone, exile. Mudanças fazem bem e renovam as energias. Mas não perca nunca o caminho de volta, o fio de ariadne, as migalhas de pão =)

Benites disse...

Adoro um exilio :)
Acho que é bom pra gente se encontrar...e no fim das contas alguém sempre acha a gente
Só deixa uma perna pra fora do esconderijo pra gente te achar mais rápido tá? hahahaha

Beijo e muita saudade

bu disse...

nossa Pri, eu super tb quero td isso... e aind anão sei direito o q quero, por q quero. uma hora a gente sai, e volta e vai de novo e assim vai. vida, né?! sauda,