Vide o verso
Danço nesse compasso, e no passo,
e lhe peço um abraço.
Chama o meu nome, some,
cria-me a fome.
Fita-me enquanto dança, trança,
enquanto disfarço a esperança.
Dispara no vento, atento,
me deita no leito.
Faz o segundo ir devagar, paralisar,
tira-me o singular.
Rouba-me o espaço, palhaço,
reúne o eu estilhaço.
Me pega pelo braço, no laço,
degusta-me no amasso.
Discute minha ilha, me pilha,
percorre por minha milha.
Cria-me o abstrato, e de fato,
vira o meu retrato.
Esconde-me um rosto, moço,
encosta no meu pescoço.
Revira o meu umbigo, castigo,
diz sonhar comigo.
É o sol que sustenta, esquenta,
e antes do vento, inventa.
Sugere o meu convexo, submerso,
vide o meu verso