quarta-feira, maio 31, 2006

Vide o verso

Danço nesse compasso, e no passo,
e lhe peço um abraço.

Chama o meu nome, some,
cria-me a fome.

Fita-me enquanto dança, trança,

enquanto disfarço a esperança.

Dispara no vento, atento,

me deita no leito.

Faz o segundo ir devagar, paralisar,

tira-me o singular.

Rouba-me o espaço, palhaço,

reúne o eu estilhaço.

Me pega pelo braço, no laço,

degusta-me no amasso.

Discute minha ilha, me pilha,

percorre por minha milha.

Cria-me o abstrato, e de fato,

vira o meu retrato.

Esconde-me um rosto, moço,

encosta no meu pescoço.

Revira o meu umbigo, castigo,

diz sonhar comigo.

É o sol que sustenta, esquenta,

e antes do vento, inventa.

Sugere o meu convexo, submerso,

vide o meu verso

5 comentários:

Anónimo disse...

ê afeto que machuca, maltrata, mas que graças a deus, tb inspira...
=)
bjoooooo

Fabricio Teixeira disse...

é... inspiradíssima essa moça!
ah, como é bom passar por aqui =)

Benites disse...

Se houvesse jeito melhor de ser sincero do que na poesia...
Inspirador :) Assim a gente aprende!

é eu sei, eu sumi, mas tá diminuindo o ritmo dos compromissos por aqui...
Logo estarei de volta ok!?
beijo beijo beijo
saudade saudade saudade

bu disse...

vide tudo
vide o meu verso

acho q a gente passa a vida buscando q alguém enxergue, né?!
bonito pri, saudade, pri

bjoka

Anónimo disse...

Quanta irritação isso me dá!...rs

Lindo, esse heim neguinha?

bjão - te amo muito