sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Mascarados

Deságua sobre nossos corpos, desprovidos de trancas e travas, a solidão de pequena criança. Nos colorimos de confetes como num sonho bom. Saímos em direção à rua procurando nossas retas, ouvindo outras trovas, olhando nossos trovões. Nos estreitamos em cantos poéticos e flutuamos pelos céus de outras bocas.

Mas é carnaval não me diga mais quem é você. Amanhã, tudo volta ao normal. Deixe a festa acabar; deixe o barco correr; deixe o dia raiar que hoje eu sou da maneira que você me quer.

O que você pedir eu lhe dou.

Seja você quem for,

seja o que Deus quiser.