Te respondo me
Quem sois vós?
Que tens o barulho paralisante nesse silêncio ensurdecedor
Que transpira sabores pondo em meu rosto, imagem do ardor
Que faz de minha insanidade, fantasia de beija-flor
Quem sois vós?
Que se vestiu na cor brilhante do inverno e de mim, se escondeu
Que no jardim deixou um pedaço de papel, à espera de um rabisco meu
Que foi o efêmero reflexo dos meus olhos, quando viram o rosto teu
Quem sois vós?
Que me mostra o oásis de nós dois, num sonolento sussurro na manhã
Que desfila respostas diversas, enquanto escondo questões no divã
Que gira na grande ciranda, tornando-se suspensão de minha mente sã
Quem sois vós?
Que é vindo da elevação da maré, em meio ao sopro da canção
Que me olha no sobrevôo pela noite fria, a me aquecer na escuridão
Que tens em teu tesouro a pequena voz resumida na sua imensidão
Em ti, quadriculados pedaços de mim
Gritos sem lógica; perda de voz
Em mim, o olhar sobre o mesmo jardim
Sem descobrir, quem sois vós?
4 comentários:
Carajo! De arrepiar... "Que desfila respostas diversas, enquanto escondo questões no divã"... Poesia-calma, paraíso-pleno, haverá?
Sim, saudades de rir com vc descontroladamente!
bonito é pouco...
poesia pura mesmo
de perguntas sem respostas
de desejo
de amor não sabido
de haver ou não paraíso...!
(manda email, na quarta tem bar d niver do fabixu, fala com a pati)
Cada vez melhor :)
Adoro o que você escreve!
Voltei aqui pra reler =)
Coisa boooooa!!!
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